A Fiandeira
Fiando, tecendo, cortando na medida, entrelaçando fios de prata e amores...
domingo, 8 de julho de 2012
Entre mulheres
E a sincronia não é mero acaso.
Ela surge quando nos permitimos vivenciar, nos entregando às mãos do vento e permitindo ser guiadas naturalmente.
E assim foi o círculo da lua cheia.
Especial, terno e repleto de boas vibrações.
Entre notas e tons, entre luz e mulheres, entre objetos e sensações, tecemos juntas uma espiral de energia.
Bençãos, cantos, trocas e aconchego, palavras entoadas com verdade.
E estar presente com vontade, estar simplesmente, num momento tão íntimo, sublime, acessível e forte.
Estar reunida é isso: tecer palavras, gestos, sentimentos.
Gratidão eterna.
Aha!
domingo, 30 de outubro de 2011
Ser mãe
Sou mãe, mãe de três.
Dois meninos espertos, curiosos, cheios de vida!
E de uma menina linda, igualmente esperta, curiosa e cheia de vida.
Sabem reclamar (e como sabem!), defender aquilo que acreditam (ainda que estejam sós), gritar (essa parte chega a ser cansativa, mas fazer o quê?), rir sem medo (é tão gostoso...), pular-cair-levantar num vai e vem sem fim.
Esse é o tipo de criança que não agrada a sociedade.
“Sua menina é quietinha?”, “Ela chora muito?”, “Ela é calminha?” e por aí vai...curiosidades de pessoas que desejam espantar a vida.
Viver é movimentar-se.
Se uma criança permanece quieta, o que ela aprende? Se uma criança não pergunta, (e agora sou eu quem pergunta) o que ela aprende, me diz?
Criança calma, quieta, numa apatia de dar dó. A mãe não fica cansada, mantém o filho calado, em seus braços. O menino mau respira, mas se mantém ali. Então dorme.
“Nessa casa nem parece que tem criança!”, elogia alguém que teme a vida.
Nenhum papel desenhado, nenhum brinquedo jogado, nenhuma criatividade, nenhum riso.
Apático, o garoto só dorme...
“E sua menina, parece ser tão calma...” e eu, em prontidão, só posso dizer: “ Sim, ela parece calma, mas é tão ativa quanto seus irmãos; ainda bem!”
Meninos apáticos, meninas bem comportadas... uma sociedade que deseja “jovens bonzinhos”.
“Ah, mas os meninos é que são levados, as meninas não.”
Dou pulos quando escuto algo assim. Menina tem que ser passiva, perante esse povo que não deseja mudanças.
Graças à rebeldia, a mulher tem seu espaço, graças à muitos que foram contra o sistema, vivemos em (pseudo) liberdade.
Espero mudanças ainda maiores e se, para isso eu tiver que brigar para que meus filhos sejam eles mesmos, o farei de bom grado.
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Festa das luzes!!!
O primeiro dia de Diwali conhecido como Dhanteras ou Dhantrayodashi cai no dia treze do mês de Ashwin. A palavra "Dhan" implica riqueza e, portanto, este dia é de imenso significado para a classe empresarial da Índia Ocidental.
Rituais no dia da abertura
Como parte do ritual associado ao dia, casas, bem como estabelecimentos comerciais são remodelados e decorados. Intrincados motivos tradicionais de desenhos Rangoli adornam as portas para saudar a chegada de Lakshmi, a deusa da opulência e prosperidade. Para significar sua chegada há muito aguardada, pegadas em miniatura são representados com farinha de arroz e pó de vermelhão em todas as partes da casa. As lâmpadas são acesas e são feitos para queimar toda a noite. As mulheres consideram o dia próspero, ideal para se comprar um pouco de ouro ou prata. Se a pessoa não tem condições de comprar enfeites caros, optam por adquirir algum objeto novo.
Puja
Deusa Lakshmi é adorada à noite e diyas (lamparinas) de barro são acesas para afastar as forças do mal. "Bhajans" ou canções religiosas glorificando a deusa Laxmi são cantadas e doces tradicionais são oferecidos à deusa.
O segundo dia de Diwali é conhecido como Narak-Chaturdashi ou Diwali Choti. O dia comemora o triunfo do Senhor Krishna sobre o demônio Narakasura, também conhecido como o demônio da sujeira. Após vencer Narakasura, Lord Krishna se vê manchado em sua testa com o sangue do demônio morto. Krishna voltou para casa no início da manhã. As mulheres massagearam seu corpo com óleo perfumado e lhe deram um banho para limpar seu corpo da sujeira. Desde então, o ritual de tomar banho antes do nascer do sol tornou-se comum na Índia, particularmente em Maharastra. No sul da Índia o triunfo do divino sobre o ordinário é comemorado de uma maneira muito original. As pessoas se levantam antes do nascer do sol e fazem o sangue através da mistura de Kumkum em óleo e após quebrar um fruto amargo que é simbólico, representando a cabeça do rei demônio que foi atingida por Krishna, esfregam a mistura em suas testas. Após isso, tomam um banho de óleo com pasta de sândalo.
No terceiro dia de Diwali, que cai sobre a noite escura da lua nova as portas para todas as casas são iluminadas e enfeitadas com desenhos rangoli para saudar a deusa Lakhmi, a personificação da riqueza e opulência.
Neste dia Lakshmi Puja é realizado. Diwali é o dia de encerramento do comércio na Índia (equivalente ao nosso revellion - 31 de dezembro). Os comerciantes executam Chopda Pujan neste dia sobre os livros de contabilidade, para trazer abundância ao negócio. O dia termina com uma grande exibição de fogos de artifício.
O quarto dia de Diwali é conhecido como o dia de Ano Novo ou Bestavarsh. No dia seguinte à Lakshmi Puja, a maioria das famílias comemoram o Ano Novo vestindo roupas novas e jóias. Eles visitam os familiares e colegas de trabalho e oferecem-lhes doces, frutos secos, bem como presentes. Para as comunidades de negócio em Gujarat, Rajasthan, Madhya Pradesh e Maharashtra, Diwali marca o início de um ano de novos negócios. Cada casa de negócios e família realiza muharat pujan ou adoração de seus livros de contas.
O quinto dia do Diwali é referido como Bhai Dhooj. Neste dia os irmãos fazem uma visita às casas de sua irmã para comemorar Bhaiyaduj. Em Bhai Dooj, irmãs aplicam uma marca na testa de seus irmãos para garantir sua segurança e vida longa.
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Love Your Body Day
Diante do espelho vejo meus olhos, vejo meu corpo.
O que o torna especial?
A supervalorização do corpo nos levou ao esteriotipo de hoje: você tem que ser aquilo que é imposto pela mídia. Caso contrário, você deixa de ser atraente.
O que torna alguém atraente não é o corpo, mas o uso que se faz dele (sem precisar ser vulgar).
Corpos sarados, perfeitos e um olhar vazio não diz muito.
“Você está tão magra!”, “Você engordou?”. Os julgamentos são infinitos. Na minha opinião quem julga é porque, no fundo não se sente bem consigo mesmo.
Quer criticar, ofender, impor uma beleza fabricada e não se preocupa com o ser que reside naquele corpo.
Não sou corpo, mas ele é através dele que poderei realizar o plano material.
Cuidar do corpo não significa supervalorizá-lo, mas natural.
Tão natural quanto acordar.
Os “cuidados” em excesso (ou querer ser aquilo que não se é) podem levar alguém a um caminho perigoso e, muitas vezes, sem volta.
Se olhar no espelho e gostar do que vê é o primeiro passo para aceitar o que se é.
Fazer dieta? Se necessário. Não para ser como aquela modelo, mas para ser você mesma. Paradoxal? Pode parecer, mas o que eu defendo é um corpo saudável e, consequentemente, bonito! Uma dieta, em alguns casos, a torna um meio de alcançar esse objetivo.
Quem não quer ter uma pele linda? Para isso, beba água!
E um corpo saudável? Como alimentos igualmente saudáveis!
Praticar exercício, dar risadas, dançar, cantar, pular, meditar...
São tantas as formas de amar mais e mais o seu corpo!
E eu me pego a pensar: eu amo meu corpo?
Quando me olho no espelho às vezes gosto do vejo, às vezes não.
Nem por isso vou me matar, fazer dietas malucas, me exercitar até a exaustão, fazer cirurgia.
Uma boa música, que me faça dançar muito, muda meu dia.
E quando ele começa assim, cinza, eu danço, dou risada e posso dizer, sim, eu amo meu corpo!!!
terça-feira, 21 de junho de 2011
MUDANÇA
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua. Depois, mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente, observando com atenção os lugares por onde você passa.
Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas. Dê os seus sapatos velhos. Procure andar descalço alguns dias. Tire uma tarde inteira para passear livremente na praia, ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda. Durma no outro lado da cama... Depois, procure dormir em outras camas. Assista a outros programas de tv, compre outros jornais... leia outros livros.
Viva outros romances.
Não faça do hábito um estilo de vida. Ame a novidade. Durma mais tarde. Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes, novos temperos, novas cores, novas delícias.
Tente o novo todo dia. O novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer, o novo amor.
Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa.
Use canetas de outras cores. Vá passear em outros lugares.
Troque de bolsa, de carteira, de malas, troque de carro, compre novos óculos, escreva outras poesias.
Jogue os velhos relógios, quebre delicadamente esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco. Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros teatros, visite novos museus.
Lembre-se de que a Vida é uma só. E pense seriamente em arrumar um outro emprego, uma nova ocupação, um trabalho mais light, mais prazeroso, mais digno, mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as. Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa, longa, se possível sem destino. Experimente coisas novas. Troque novamente. Mude, de novo. Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores do que as já conhecidas, mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia.
Repito por pura alegria de viver:
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Como andam as coisas
domingo, 12 de junho de 2011
Questão de segurança
Usei fraldas de pano no meu primeiro filho, pois ele tinha alergia a fraldas descartáveis. Somei a esse problema, a consciência ecológica!
No início não foi muito fácil, até que consegui conciliar as trocas com as lavagens de fraldas, que eram feitas no tanquinho.
O processo era jogar a primeira água fora e só depois colocar sabão líquido e enxaguar bem.
Ganhei muitas fraldas descartáveis, deram para até o seu sétimo mês!
Antes dela nascer cheguei a comprar as fraldas de pano e algumas calças enxuta, que foram difíceis de achar e nem cheguei a usar!
terça-feira, 7 de junho de 2011
Não existe liberdade
quinta-feira, 12 de maio de 2011
Mulheres reunidas
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Triste estatística
Tem alguma coisa de maldoso no discurso das pessoas que pregam contra o feminismo. Tem sim. Pois elas simplesmente NÃO SABEM DO QUE ESTÃO FALANDO. Entretanto, se você falar isso para elas, elas ficarão profundamente ofendidas. Claro que sabem. Elas sabem tudo contra o qual as feministas lutam: lutam contra a família, a favor do infanticídio (odiamos crianças), a favor da promiscuidade, mas a verdade é que a solução final para nós é o extermínio de todos os homens da face da terra.
Deixa eu contar um segredo para vocês: o que nós, feministas, queremos é igualdade. Só.
Mas essa vontade louca obviamente ofende muita gente (aqueles que estão perdendo o poder, principalmente). Essa gente faz questão de não entender uma idéia tão simples e tão básica, tão auto-explicativa. E ficamos nessa luta diária, de tentar explicar que não, ainda não somos iguais, ainda não temos os mesmos direitos, ainda não recebemos os mesmos salários, ainda não somos tratadas como GENTE, ainda temos que andar acompanhadas por um homem para evitar sermos abordadas agressivamente na rua ou em baladas, ainda apanhamos diariamente, ainda somos estupradas, violentadas, agredidas, ainda somos culpadas pelo nosso próprio estupro, ainda deixamos de receber promoções por causa do risco constante de estarmos grávidas, ainda temos nossa capacidade intelectual posta em questão se formos bonitas (ou muitas vezes independente da beleza), ainda somos taxadas de histéricas toda vez que defendemos alguma coisa com mais assertividade e ainda culpam a nossa TPM por qualquer reação agressiva que tenhamos a qualquer coisa.
Qualquer pessoa que tenha a coragem de dizer que nossa luta não é válida ou está ultrapassada certamente não mora no mesmo planeta que eu.
Aí eu posso pegar exatamente a mesma lista acima e dizer o que nós, feministas, realmente queremos (e que ainda não temos!): queremos ser iguais, ter os mesmos direitos, receber os mesmos salários, ser tratadas como gente, poder andar desacompanhadas sem sermos abordadas agressivamente, queremos não apanhar, não ser estupradas, violentadas, agredidas, queremos receber promoções pela nossa competência, queremos que nossa capacidade intelectual seja valorizada, ser donas de nossos próprios corpos, queremos defender nossas idéias sem sermos acusadas de sermos histéricas. É só isso.
Mas para que isso aconteça, alguém terá que ceder um pouco o seu espaço, e é aí que o calo aperta. E é aí que a revolta surge. E é aí que começam as reações inflamadas, os boatos e difamações. Quantas vezes ouvi que o feminismo é o machismo ao contrário? NÃO É! Nenhuma feminista tem a intenção de dominar o sexo masculino e fazer dele nosso escravo (como aliás eles fazem conosco desde sempre). Converse com qualquer uma e comprove. Só quem diz isso é quem não conhece o movimento. E provavelmente é alguém que por algum motivo está com o poder em mãos: tem uma esposa submissa, trata as mulheres como lixo, tira todas as vantagens possíveis dessa situação desigual. E obviamente, não quer que a situação mude.
Escrito por Georgia